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Parintinenses apresentam projeto sobre Saboaria Artesanal e conquistam o 2° lugar na VI Mostra de Extensão e 21° SNCT do Ifam/Parintins

Atualizado: 19 de nov.

Em formato de banner e com exposição de sabonetes artesanais, a apresentação ocorreu na quinta-feira, 17, no estande da VI Mostra de Extensão e 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do Ifam/Parintins

 

Alunas do Ifam/Parintins apresentam projeto sobre saboaria artesanal
Alunas do Ifam/Parintins na sessão de pôsteres da VI Mostra de Extensão e 21º SNCT (Foto: Arquivo pessoal das integrantes do projeto)

 

Parintins (Am) – Com o foco no empreendedorismo feminino e na sustentabilidade, o projeto “Fazendo acontecer: mulher e geração de renda – produção de sabonete artesanal” foi destaque na VI Mostra de Extensão e na 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), do Instituto Federal de Ciências, Educação e Tecnologia do Amazonas (Ifam/Parintins).

 

As amazonenses Vanusa Monteiro, Idiane Castro e Gilmara Silva, finalistas do curso Técnico em Administração Integrado na Modalidade Educação de Jovens e Adultos (Eja) do Ifam/Parintins, apresentaram o projeto, nos dias 17 e 18 de outubro de 2024, durante a sessão de pôsteres da 21ª SNCT e da VI Mostra de Extensão do mesmo instituto.

 

O Projeto de Conclusão de Curso Técnico (PCCT) das estudantes conquistou o segundo lugar na 21ª SNCT e na VI Mostra de Extensão do Ifam. O anúncio foi feito no encerramento dos eventos, na noite deste sábado, 19, na Praça Eduardo Ribeiro.


Integrantes do projeto durante a cerimônia de entrega do prêmio de segundo melhor projeto na VI Mostra de Extensão e 21ª SNCT do Ifam/Parintins, na Praça Eduardo Ribeiro, no dia 19 de outubro de 2024 (Foto: Arquivo pessoal das integrantes do projeto)



Sobre o Projeto

 

O trabalho "Fazendo Acontecer: Mulher e Geração de Renda – Produção de Sabonete Artesanal" é uma realização das finalistas Vanusa Monteiro, Idiane Castro e Gilmara Silva, do curso Técnico em Administração Integrado na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Eja) do Ifam/Parintins. O PCCT contou com a orientação e coorientação dos professores Patrícia Moraes e Manoel Falcão (Ifam), respectivamente.

 

Para o desenvolvimento do projeto, foram feitas oficinas em sala de aula, com o objetivo de capacitar mulheres por meio da produção de saboaria artesanal sustentável e promover a ideia de economia criativa.

 

Primeira oficina do projeto “Fazendo Acontecer: Mulher e Geração de Renda – Produção de Sabonete Artesanal” (Foto: Arquivo pessoal das integrantes do projeto)

 

Segundo a idealizadora do projeto, Vanusa Monteiro, a ideia surgiu no primeiro semestre de 2023, na disciplina de Marketing, ministrada pela professora Glauciane Lages (Ifam/Parintins). Cada aluno deveria criar um plano de marca para um produto e apresentá-lo ao público da própria instituição.

 

"Estava há 15 dias no ramo da saboaria artesanal quando minha colega Idiane viu meu trabalho no WhatsApp e falou para a professora Glauciane. A princípio, não seria esse o meu produto, mas, quando a professora viu as amostras que eu levei para a sala de aula a pedido dela, ela gostou tanto e disse que deveríamos focar nessa ideia”, explica Monteiro.

 

Há um ano e seis meses, Vanusa Monteiro empreende na área da saboaria artesanal. Durante os estudos no Ifam, foi convidada a ministrar oficinas e realizar exposições dos sabonetes. “Meu trabalho chamou a atenção da professora Patrícia, que me orientou na reta final do curso. Eu iria fazer estágio, mas ela, o professor Falcão e outros professores me incentivaram a fazer o Projeto de Conclusão de Curso, por eu ser pioneira nessa área na instituição e pelas minhas contribuições”, ressalta.


Oficina do projeto “Fazendo Acontecer: Mulher e Geração de Renda – Produção de Sabonete Artesanal”, no laboratório do Ifam/Parintins (Foto: Arquivo pessoal das integrantes do projeto)



Sustentabilidade

 

“Eu acredito que a saboaria artesanal pode contribuir de uma forma mais consciente e sustentável, porque a gente utiliza produtos naturais e pode reaproveitar alguns ingredientes que temos em casa, que são desperdiçados. Na saboaria artesanal, a gente pode reaproveitar e criar sabonetes com diferentes componentes. Além disso, por não utilizar soda cáustica, a gente não usa certos componentes químicos que fazem mal ao meio ambiente”, detalha Vanusa Monteiro.

 

Os sabonetes artesanais são mais sustentáveis que os industrializados, pois são feitos manualmente com extratos vegetais, e são livres de sebo animal e de aditivos químicos agressivos. O fabrico artesanal permite ao artesão uma maior personalização, a incluir óleos naturais, ervas medicinais e outras especiarias benéficas a saúde da pele, como hidratação, esfoliação e propriedades terapêuticas, aromáticas e antimicrobianas.

 

Amostras de sabonetes artesanais na VI Mostra de Extensão e 21º SNCT do Ifam/Parintins (Foto: Arquivo pessoal das integrantes do projeto)


“Uma das principais características dos sabonetes artesanais, que os diferenciam de outros disponíveis no mercado, é que não utilizamos alguns produtos que as fábricas costumam usar. Muitas empresas utilizam gorduras de animais, adicionam soda cáustica e outros aditivos que são agressivos tanto para nossa pele quanto para o meio ambiente. Por outro lado, usamos a glicerina, que é um produto vegetal, benéfico para a pele e que não polui o meio ambiente. Além disso, existem outros componentes sintéticos que muitos sabonetes do mercado contêm como um dos ingredientes para ter maior durabilidade. O sabonete artesanal tem menor durabilidade porque não contém esses conservantes químicos”, expõe Monteiro.

 

Outro exemplo de prática sustentável é que os artesãos criam embalagens ecológicas, que ajudam a diminuir o impacto ambiental. A saboaria artesanal proporciona uma rotina de cuidados mais consciente e saudável.


 

Empreendedorismo Feminino

 

A proposta desse projeto “visa capacitar mulheres por meio da saboaria artesanal sustentável, utilizando produtos naturais e destacando o empreendedorismo feminino para uma resposta às demandas contemporâneas do mercado de trabalho”.

 

Os dados da Rede Mulher Empreendedora revelam um crescimento de 40% no empreendedorismo feminino nos últimos anos, no Brasil. No entanto, esse aumento é impulsionado mais pela necessidade de autonomia e gestão de tempo do que pela oportunidade. Um dos principais fatores que contribuíram para essa situação foi a pandemia da Covid-19, onde as mulheres tiveram que se reinventar e criar seus próprios negócios.

 

Oficina do projeto “Fazendo Acontecer: Mulher e Geração de Renda – Produção de Sabonete Artesanal”, no laboratório do Ifam/Parintins (Foto: Arquivo pessoal das integrantes do projeto)


Outra razão que leva as mulheres a empreender é o empoderamento de outras mulheres, que oferecem apoio emocional e servem como exemplos de sucesso. No fim da entrevista, Vanusa Monteiro fala sobre suas expectativas para o futuro e a vontade de continuar estudando, além de incentivar as mulheres a empreender, especialmente aquelas em situações de vulnerabilidade social.

 

“Eu gostaria de desenvolver um trabalho, criar projetos de extensão para levar a outras mulheres ou a outros públicos. Vejo que Parintins tem muito a ganhar com isso, até porque vivemos em um lugar que possui uma diversidade de produtos, plantas medicinais, ervas e óleos essenciais. Ao invés de comprar produtos de fora, podemos retirar da natureza, de forma consciente, para desenvolver esses produtos e ajudar na renda familiar, principalmente das mulheres de baixa renda que estão fora do mercado de trabalho. Seria uma ótima opção para as mulheres desenvolverem dentro de casa, trabalhando em seu lar, produzindo seus próprios sabonetes, tendo seu próprio trabalho e ajudando na renda. Gostaria de continuar pesquisando, buscar mais conhecimento nessa área e compartilhar com outras mulheres”, finaliza.


Para aqueles que desejam conhecer mais sobre o trabalho de Vanusa Monteiro e encomendar sabonetes artesanais, podem acessar aqui!



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