Com data marcada no dia 29 de abril, evento reúne a diversidade cultural da região Norte
Imagem: Divulgação/Inca
Por: Larissa Monteiro/Amazonas Cultura
O Instituto Cultural Ajuri (Inca), realiza nesta segunda feira, 29, a terceira edição da Mostra Cultural da Escola Afro-Amazônica no Grito da Periferia 2024. Considerado como maior evento antirracista de educação e de artes integradas do Amazonas, a ocorrer a partir das 18h, na quadra da Escola Dom Gino Malvestio, em Parintins/Am (distante 369 km de Manaus).
O colaborador do Instituto Cultural Ajuri e coordenador do Movimento Grito da Periferia, Orlan Bertrand, fala sobre o objetivo e o público esperado do encontro:
“O instituto vai realizar a Mostra Cultural da Escola Afro-Amazônica dentro do Grito da Periferia 2024, pra mostrar essa diversidade cultural de Parintins e a diversidade de culturas africanas, Afro-Brasileira e indígenas, várias manifestações que são marginalizadas pela sociedade. A gente vem mostrar esse viés pedagógico pros nossos estudantes, pros nossos educandos, também pro público adulto e idosos, nessa programação incrível”, esclarece Bertrand.
O encontro das artes e das culturas, contará com apresentações culturais inéditas, exposições fotográficas e de arte afro-indígena, show didático, palestras, oficinas, desfile afro-indígena, apresentação afro-brasileira do povo de terreiro, e show da Banda Ajuri Amazon Music, que comemora 40 anos de história.
Entre as atrações confirmadas, estarão os Bois Garantido e Caprichoso, Boi Boiola, Capoeira, Funk, Batalha de Mcs e Competição de Danças Urbanas. Pela primeira vez para um intercâmbio cultural, Parintins recebe o Boto Tucuxi e o Boto Cor-de-Rosa, do Çairé de Alter do Chão, região de Santarém/PA, com seus itens oficiais.
A convite do presidente do Inca, Marcos Moura, o gestor cultural e diretor artístico da Associação Cultural Flor Ribeirinha, Avinner Silva, também estará presente para compartilhar conhecimento sobre a cultura popular do Mato Grosso, como as manifestações culturais Siriri e o Rasqueado.
“As expectativas são as melhores e as maiores, é a primeira vez que eu vou conhecer e vivenciar de perto Parintins. Já promovi alguns intercâmbios com alguns artistas, pesquisadores, mas assim, muito via e-mail, telefone, essa troca por esse sentido. Vou conhecer Parintins, toda essa cultura que pulsa o Norte do nosso país e que ecoa também nas cinco regiões. Parintins é uma referência de cultura popular, com todo trabalho realizado pelos bois Garantido e Caprichoso, e toda essa preservação e valorização da identidade indígena do nosso país. O meu estado tem mais de 45 etnias e também tem essas raízes dos povos originários muito marcante, no contexto identitário do nosso território. Então assim, toda essa conexão que nós temos, está sendo uma semente plantada nessa relação Amazonas/Mato Grosso, Parintins/Cuiabá, Flor Ribeirinha/Instituto Ajuri, juntamente também, essa conexão com os bois de Parintins”, destaca Silva.
O grupo folclórico Flor Ribeirinha teve destaque internacional na Coreia do Sul, ao representar o Brasil com uma apresentação, que exaltou os bois-bumbás de Parintins.
“Nós tivemos também todo um trabalho de pesquisa coreográfico, onde nós nos aproximamos do contexto de pesquisa com o trabalho artístico do boi Garantido, como também do Caprichoso. Tivemos uma montagem coreográfica da música Celebração da Fé do Sebastiao Junior, e levamos para o nosso repertório, tetracampeão mundial na Coreia do Sul, ano passado. Isso reverberou também muito aqui no Amazonas, positivamente. Nós estamos honrados com isso, então assim, é uma conexão que não tem tamanho, estou muito feliz e grato com essa oportunidade”, descreve o mato-grossense.
A Mostra Cultural da Escola Afro-Amazônica, realizada pelo Instituto Cultural Ajuri, foi contemplada pela Emenda Parlamentar Nº 26/2023 da Deputada Estadual Alessandra Campelo, com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Tem Parceria da banda Ajuri Amazon Music, Buriti Quadrinhos, Amazônia Viva Cia de Artes, Coletivo de Mulheres Artistas de Parintins, Escola Dom Gino Malvestio, NEABI e IFAM Parintins.
Fonte: com informações de Orlan Bertrand (colaborador do Instituto Cultural Ajuri e coordenador do Movimento Grito da Periferia).
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