Jornalismo Cultural e Independente
Sobre Parintins
Conheça o município de Parintins no interior do Amazonas!
Parintins é o segundo município mais populoso do Estado do Amazonas, com mais de 116 mil habitantes (IBGE, 2021), distante 369 Km da Capital Manaus. Localiza-se à margem do maior rio de água doce do mundo, o Amazonas, no Norte do Brasil.
Ao longo do ano, a temperatura se apresenta com mínima de 22,4°C, máxima de 35,5°C e média de 26,6°C. A ilha é marcada pelo intenso calor no verão, entre julho e novembro, período de seca, quando acontece a descida dos rios. De dezembro a junho é inverno, a cheia preocupa os ribeirinhos que moram em casas palafitas, durante a subida das águas.
As diversidades culturais, formam as identidades da ilha Tupinambarana, que ficou conhecida, mundialmente, por ser palco do Festival Folclórico de Parintins, considerado Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Como chegar?
As únicas formas de viagens a Parintins, são por via fluvial e por via aérea. As embarcações são típicas da região, fazem parte da rotina do amazonense.
Para conhecer as culturas dos parintinenses de perto, barcos e lanchas te levam como navegantes, pelas correntezas e maresias, no caminho de rio. Se preferir agilizar a trajetória, aviões são as melhores opções. Então se liga na dica, parente!
Barco: é a melhor forma de contemplar as belezas e os encantos da natureza. A viagem dura um tempo, de 14h a 18h, de Manaus a Parintins, navegando a favor da correnteza do rio Amazonas. O retorno demora, entre 24h e 30h de viagem, contra a correnteza do rio. Os barcos oferecem um ambiente com adaptações, para poucos ou muitos passageiros, com serviços de cabines e camarotes, espaços para armadores de redes, serviços de bar e restaurante, área de lazer e muito mais, a depender da embarcação.
Lancha: é um transporte que permite a experiência de conhecer os encantos do Amazonas, apreciar as paisagens, nem tanto quanto nos barcos. Porém, a viagem dura menos tempo, em torno de 8h, de Manaus a Parintins, e 10h no retorno à capital amazonense.
Avião: há voos diretos e diários que duram aproximadamente 1h, de Manaus a Parintins ou Parintins a Manaus. A chegada no município é incomparável, a vista lá de cima, permite a contemplação de um dos melhores cenários amazônicos, da ilha e seus arredores, se o pouso for durante o dia.
Breve História de Parintins
Assim como todas as regiões da Amazônia, a ilha era habitada por indígenas de diferentes etnias. A começar por aí, a história desse lugar, a terra que pertence aos nossos ancestrais.
Somos herdeiros de um grande Patrimônio Cultural Histórico, deixado pelos povos originários. Tá no sangue, nos saberes, nos traços físicos, nos costumes, nas expressões, na culinária, na criatividade dos povos mestiços e dos povos indígenas, que resistem!
A ilha foi nomeada primeiramente, como São Miguel dos Tupinambaranas, com a fundação realizada em 29 de setembro de 1969, pelo padre Felipe Betendorf.
O nome Parintins é uma homenagem à etnia parintintins, que só foi adotado quando a sede se tornou categoria de cidade, em 30 de outubro de 1880.
Navegue nas Culturas da Ilha
O certo é que Parintins, tornou-se terra de mestiços, terra multicultural, onde as culturas se interligam, se misturam e vivem juntas. O foco aqui é conhecer e valorizar as pluralidades culturais, presentes nesse chão e nesse rio amazônico.
Mas afinal, quem são esses povos? Como eles querem ser vistos e/ou ouvidos? É o que vamos descobrir, no encontro com as (os) protagonistas das histórias, ao navegar nas culturas, digo, dentro das interfaces desse site. Fique esperta (o) e acompanhe tudo o que acontece com os povos da Amazônia, por meio do site Amazonas Cultura.
Parintins é berço de artistas, reconhecido por sediar o Festival Folclórico dos bois-bumbás. A festa é um duelo de espetáculo a céu aberto, entre o Boi Garantido: com o coração na testa, representado pela cor vermelha, e o Boi Caprichoso: da estrela na testa, representado pela cor azul.
O Festival é uma encenação, baseado em lendas e histórias dos povos indígenas, dos negros, dos caboclos e ribeirinhos da Amazônia. Contada e montada por meio das toadas, das lendas e das alegorias, que são feitas pelos artistas da região.
A criatividade e o talento dos artistas amazonenses, impressionam. Pode-se dizer, também, que Parintins é conhecida como uma “Universidade”, por formar artistas a partir da própria vivência. Os talentos se revelam, são natos. O cenário e todo o contexto do lugar em que vivem, podem ser a explicação para tanta sabedoria.
É impensável que o Festival Folclórico de Parintins não seja, hoje, o maior símbolo cultural da ilha, por unir todas as culturas regionais em espetáculo único. Mas o foco aqui, “requer constantemente o protagonismo dos atores sociais locais a partir da sua própria cultura” (Querida Amazônia, 40), para além das três noites do Festival.
Então, vamos juntos assumir a corresponsabilidade em favor dos direitos dos povos e das culturas? Enaltecer a diversidade? Conhecer as particularidades de cada cultura? Embarque nessa, parente!!
Não conhece nossas gírias? Vá em dicionário caboclo e aprenda com a nossa gente, as gírias mais faladas da região, pra não se aperrear! E você parintinense? Espia ainda, em dicionário caboclo tem um espaço de interatividade, onde poderá adicionar as gírias que você fala ou conhece! Te espero lá!
PONTOS TURÍSTICOS
Mercado Municipal Leopoldo Neves
Com vista para o Rio Amazonas, o Mercado Municipal Leopoldo Neves, dispõe do café da manhã, lanche da tarde, almoço e jantar, tipicamente da região.
Oferece a comercialização de produtos naturais e artesanatos. Os visitantes podem apreciar apresentações culturais, em um pequeno palco existente.
Funciona todos os dias, de 06h às 22h.
Catedral de Nossa Senhora do Carmo
Construída em 1806, foi projetada na Itália, especialmente para a padroeira de Parintins, Nossa Senhora do Carmo. A Catedral é o prédio mais alto da ilha, a torre tem 40 metros de altura. O acesso para apreciação panorâmica da cidade, geralmente ocorre nos três dias de festival e de 06 a 16 julho, durante a festividade da padroeira.
Praça da Liberdade
Construída em 1990, dispõe de um mural com esculturas em cimento, que retrata a história de Parintins: o modo de vida dos antigos moradores, o ciclo da borracha, os bois-bumbás e demais culturas.
A Praça da Liberdade oferece também uma academia ao ar livre para quem deseja cuidar da saúde.
Praça Tsukasa Uetsuka e Bumbódromo
A conhecida “Praça do Japonês”, construída em 1981, é uma homenagem ao Dr. Tsukasa Uetsuka (1890-1978), por viabilizar a imigração japonesa na Amazônia, contribuir com a cultura da Juta Indiana no Brasil e consequentemente, com a economia do município de Parintins. Tsukasa Uetsuka foi fundador do “Instituto Amazônia”, da Escola Superior de Colonização "Nihon Kotaku”, na Vila Amazônia, zona rural de Parintins.
O Centro Cultural Bumbódromo, é um anfiteatro construído em 1988, em formato de cabeça de boi estilizada, é onde acontece o duelo dos bois-bumbás: Garantido e Caprichoso, durante o Festival Folclórico de Parintins.
Na área externa, existe um mural com 25 esculturas em cimento, que evidencia a cultura local. O Bumbódromo dispõe de galerias e memoriais, que retratam a história do festival, por meio da arte. No mesmo prédio funciona o Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro, com formação artística e cultural, fora do período bovino.
Balneário Municipal Cantagalo
Para quem deseja fugir do imenso calor da cidade, vai ao Balneário Cantagalo, refrescar-se no Lago do Aninga – situado na Comunidade do Aninga, zona rural de Parintins.
O ambiente permite conexão com a natureza, oferece serviços de bares, restaurantes e lanchonetes, além de passeios de caiaques.
O acesso é por estrada asfaltada (distante 10km de Parintins).
Serra da Valéria
Elevação de 152 metros, localizada na Comunidade da Valéria, zona rural de Parintins. Faz parte da rota turística dos navios de cruzeiros estrangeiros, anualmente. O lugar tradicional, é um rico sítio arqueológico, onde a cultura dos ancestrais indígenas é preservada pelos moradores, em um museu local. O ambiente permite conexão direta com a natureza e com os saberes dos ribeirinhos.
O acesso é por via fluvial (embarcações), a partir de Parintins, ou por estrada (carro/moto), se o ponto de partida for pela Vila Amazônia.
Foto: Vanessa Monteiro
Curral Zeca Xibelão
É o Curral do Boi Caprichoso, situado no centro de Parintins. Onde acontece os ensaios e shows do boi azul. Dispõe de um museu com exposições, da história do bumbá, da estrela na testa. Em temporadas de navios de cruzeiros, a agremiação azulada oferece shows exclusivos aos turistas estrangeiros.
Cidade Garantido
É o curral do Boi Garantido, localizado às margens do Rio Amazonas, na Baixa do São José. Onde acontece os ensaios e shows do boi vermelho, dispõe de um museu, com exposição de troféus das vitórias do bumbá, do coração na testa. Em temporadas de navios de cruzeiros, a agremiação encarnada oferece shows exclusivos aos turistas estrangeiros.